É comum, em nossos consultórios, nos depararmos com a seguinte situação: fazemos um orçamento e o paciente reclama do alto preço do tratamento. É interessante notar que a expectativa de preço de um produto ou serviço está intimamente ligado a questão de prioridade de quem adquire o mesmo. Ao escolher um carro, por exemplo, podemos optar por um carro popular e consequentemente mais barato, mas sem itens de conforto, segurança, status de outro modelo mais caro. Se optamos pelo carro mais caro, é porque queremos um automóvel mais confortável, mais seguro, mais espaçoso, enfim, um modelo que nos satisfaça em todos os sentidos dentro das nossas possibilidades. Desta forma, este bem de consumo é de um custo elevado porém não necessariamente caro.
Do outro lado, ao frequentarmos um salão de beleza, por exemplo, podemos achar caro um serviço. Para quem não dá tanta importância com os cuidados no cabelo ou pele, os salões podem parecer caros demais. Para outras pessoas, ir ao salão toda semana é visto como um investimento na beleza, bem-estar, auto-estima, etc. Ou seja, pode até ter um custo elevado, mas por questão de prioridade, não deixa de investir.
Nos tratamentos odontológicos não é diferente. Investir um valor alto pode até parecer caro para alguns. Porém este investimento é em saúde bucal e geral, beleza, auto-estima, bem-estar, etc. Comparando os serviços realizados pelos dentistas e pelos cabeleireiros, podemos constatar que no dentista, os trabalhos são bastante duradouros enquanto que nos salões, os serviços não duram mais do que quatro semanas e mesmo assim ninguém questiona este alto custo mensal. Por fim, para pacientes quem prezam pela qualidade de vida, saúde bucal, estética e satisfação, o tratamento pode até ser de alto custo, mas nunca caro, pois será um tratamento duradouro e que satisfaz todas as expectativas do paciente. Pra pessoas que não tem os cuidados com a boca e saúde como prioridade, o orçamento sempre vai parecer caro.
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