Na maioria dos tratamentos ortodônticos usamos anéis metálicos cimentados nos molares com acessórios soldados. Este anel é chamado de banda ortodôntica. Entre as suas funções, podemos destacar a ancoragem do tratamento visto que sobre elas normalmente recaem a maior parte da força utilizada no tratamento. Por isso, é importante que a banda esteja bem adaptada e fixada no dente. Podemos, ao invés de utilizá-las, usar tubos colados nos molares, porém, a chance de quebra é bem maior e não podemos utilizar grande força sobre os mesmos.
Mesmo com a boa adaptação e cimentação da banda, podem acontecer solturas e quebras. Normalmente isto está relacionado com má alimentação ou com a anatomia do dente. Quando há uma adaptação perfeita, a quantidade de cimento que fica entre o dente e a banda é mínima formando uma linha de cimento finíssima. Isso protege o cimento do contato direto com a saliva. Em alguns casos o formato ou o tamanho do dente a ser bandado não favorece uma boa adaptação. Se associarmos este fator com a ingestão de alimentos muito duros ou pegajosos, a chance de quebra ou soltura da banda é grande.
Quando isto ocorre, é importante fazer o conserto o quanto antes. Neste momento você pode sentir que a banda não está completamente presa ao dente e apresenta certa mobilidade (normalmente subindo e descendo). Durante a mastigação, este espaço é preenchido por resíduos alimentares que dificilmente serão removidos com a escovação dos dentes e do aparelho. E então pode haver gosto desagradável na boca, mau hálito, sangramento gengival no local, inflamação da gengiva em torno da banda, penetração da banda entre o dente e a gengiva e até mesmo problemas mais graves como abcessos periodontais e cáries extensas. Por isso você deve sempre estar atento às bandas do seu aparelho e em caso de mobilidade ou qualquer alteração nos tecidos adjacentes, converse com o seu ortodontista para evitar complicações desnecessárias.
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