As parafunções podem ser definidas como transtornos involuntários e/ou inconscientes de movimentos. Dentro da odontologia, pode caracterizar hábitos nocivos como bruxismo, apertamento oclusal, onicofagia, hipervigilância oclusal sucção labial e outros. Estes transtornos podem gerar problemas severos nos dentes e nas arcadas dentárias como desgastes ou quebras de dentes e próteses, retrações gengivais, mal posicionamento dentários, amolecimento dos dentes e implantes, dores musculares na face, cabeça e pescoço, dores na articulação têmporo-mandibular, etc.
Normalmente a causa das parafunções está relacionada ao estresse e imitação de membro da família, sendo este hábito, uma válvula de escape para liberar tensões. Pacientes com parafunção em tratamento ortodôntico podem substituir o hábito por outro pela impossibilidade de execução durante o tempo em tratamento. Também existe relação com substituição de hábitos anteriores menos aceitos socialmente como chupar chupeta ou fumar por exemplo.
O tratamento normalmente envolve diversas especialidades. Pelo lado emocional relacionado com o estabelecimento de hábitos, sugere-se sempre que possível o uso de medidas não traumáticas para sua remoção. É muito importante a abordagem familiar nesses casos, e o entendimento do momento pelo qual a criança ou a família está passando, para se avaliar a melhor forma de se descontinuar o hábito. A abordagem familiar também é importante para serem trabalhados hábitos que podem ser comuns a vários de seus membros.
Em muitos casos, um trabalho conjunto entre o cirurgião-dentista, ortodontista, protesista, fonoaudiólogo e um psicólogo ou psiquiatra pode ser necessário, para se evitar que a descontinuidade do hábito cause um transtorno pior. O importante é que deve ser tratado o quanto antes.
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