O tratamento ortodôntico tem como objetivos principias corrigir problemas de crescimento, desenvolvimento e amadurecimento da mordida, face e arcos dentários e problemas estéticos. No geral, é um processo longo e demorado, pelo qual a movimentação dentária e ortopédica é obtida pelo uso da força aplicada por aparelhos fixos ou móveis, ativos e passivos.
Por mais que o aparelho ortodôntico seja capaz de levar os dentes à posição correta, o tratamento realizado não garante que o paciente esteja livre de problemas oclusais para o resto da vida. O retorno parcial ou total do problema ortodôntico inicial ou o desenvolvimento de novas anomalias é relativamente comum e chamado recidiva. Ele é causado pela acomodação natural que os dentes sofrem com o impacto da mastigação, fala e da própria saúde orgânica.
A estabilização e contenção do tratamento se inicia ao final do uso do aparelho fixo e continua com o uso do removível. Este aparelho de contenção é utilizado exatamente para evitar essa movimentação natural, consolidando a nova posição adquirida com o tratamento. Os pacientes que negligenciam as recomendações da ortodontista para o uso do dispositivo estão mais sujeitos à recidiva. Contudo, fatores inerentes ao paciente também podem provocar novos problemas ortodônticos. Alguns deles são a erupção dos dentes do siso; a continuação do crescimento da maxila após o tratamento; traumas faciais; alterações nas atividades de repouso e função dos músculos faciais, estresse, idade e parafunção.
A recidiva pode surgir em níveis variados de gravidade, podendo ou não necessitar de um novo tratamento ortodôntico ou até mesmo de complementação com cirurgia ortognática. Em todos os casos, é a ortodontista que irá avaliar a necessidade de uma nova intervenção, bem como identificar as causas da recidiva.
Mesmo que a possibilidade da recidiva sempre exista, o paciente não deve desistir do tratamento ortodôntico. Isso porque os benefícios estéticos e funcionais proporcionados pela ortodontia compensam o caminho tortuoso até que a correção da arcada seja plenamente alcançada.
Após o final do tratamento, o organismo busca sempre uma posição mais confortável e de maior contato entre as arcadas. Esta acomodação final da mordida pode levar a pequenas recidivas ou movimentos dentários que podem ou não serem significativas.
Como dica final, vale destacar que boa parte das recidivas é causada por maus hábitos do paciente. Por isso, utilize o aparelho de contenção corretamente, visite regularmente a dentista para acompanhamento da arcada, mantenha a higiene bucal sempre impecável e evite hábitos que podem ser prejudiciais à saúde bucal.
Fonte: http://blogkamilagodoy.com.br/
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